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Tecnologia

Google Privacy Sandbox para o Android

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Este ano foi apresentado pelo Google o Privacy Sandbox para Android, o que muitos anteciparam como a contraparte ao AppTrackingTransparency e ao SKAdNetwork, ambas iniciativas de privacidade da Apple para o iOS. Com o passar dos meses, foram apresentadas as propostas de design da solução e agora podemos ter uma visão melhor da forma que tudo isso vai tomar.

O que é?

Privacy Sandbox é uma proposta de solução para advertising com múltiplas iniciativas, utilizando a premissa de privacidade do usuário, eliminando identificadores únicos e concentrando a atividade das campanhas de publicidade. Inicialmente, o Privacy Sandbox era focado no Chrome, visando o fim dos cookies de terceiros. A iniciativa no Android é uma expansão da iniciativa inicial, que vem sendo adiada ao longo dos anos, mas se mostra cada vez mais iminente.

No Android, o Privacy Sandbox se divide até então em quatro frentes:

SDK Runtime

Uma nova forma de aplicativos implementarem SDK de terceiros. Nessa proposta, os SDKs executam no device em processos separados do aplicativo, tendo também permissões separadas e tendo se ser enviados à Play Store de forma muito semelhante a como os aplicativos são hoje. A interação entre o app e o SDK ocorreria de forma parecida como é com o Play Services, recurso do Google que permite geolocalização e recebimento de notificações, por exemplo. A ideia do Google é que futuramente qualquer tipo de SDK seja tratado assim, mas por enquanto, a proposta se resume a SDKs de publicidade.

Topics

API que informa os interesses do usuário através de uma lista de tópicos baseada nos apps que o usuário utilizou no device. A lista de tópicos é fornecida pela API dentro do contexto do app, ou seja, para cada aplicativo poderia ser fornecida uma lista diferente, visando preservar a privacidade do usuário e evitar a identificação pessoal entre apps. Informações imprecisas também podem ser misturadas a essa lista, para aumentar ainda mais a privacidade do usuário, segundo o Google.

FLEDGE

Plataforma para criação de audiências e seleção de anúncios de forma dinâmica. É derivada da proposta do Google para web de mesmo nome, implementando conceitos de TURTLEDOVE (também do Google) e replicando propostas de outras plataformas como SPARROW (da Criteo), Dovekey (do Google Ads), PARROT (da Magnite, antes Rubicon) e da TERN (NextRoll). O funcionamento, na prática, não se afasta muito de leilão de inventário para exibição de publicidade.

Attribution Reporting

API que mede conversão de campanhas em uma única plataforma, eliminando os identificadores únicos de usuários em plataformas de terceiros. Também é uma proposta análoga à iniciativas do Google para a web. Aqui, mais uma vez, o foco é concentrar a informação eliminando a participação de terceiros com a premissa de aumentar a privacidade. Da mesma forma que no caso da API de Topics, informações imprecisas podem ser adicionadas nos dados fornecidos ao app, visando evitar a identificação pessoal dos usuários, segundo o Google.

Conclusão

Muito tem se falado a respeito, mas informações imprecisas e especulação se misturam nesse cenário de incertezas. Há vários pontos de vista: do usuário, dos donos de aplicativos, dos players de publicidade e dos anunciantes. Para cada um desses, as consequências podem ser diferentes, por que também se deve considerar como cada um desses irá reagir, o que é a parte mais incerta disso tudo. O que se tem mais certeza é de que tudo fica mais concentrado no Google, que além de ser o dono da bola, se propõe a ser um player do mercado, bem como o árbitro do campo e também o arbitro de vídeo, controlando assim todos os aspectos do jogo, tendo como premissa a privacidade do usuário.

Para o mercado de advertising, isso quer dizer que o Google está construindo o seu próprio jardim murado, como geralmente a Apple faz. A solução do Google é algo mais completo e até mais aberto em relação à solução da Apple, mas também estamos falando de um mercado mais amplo no Android do que o que existe no iOS, com uma infinidade muito maior de aparelhos, versões do sistema, fabricantes e etc. Mas ainda assim são regras novas para o mesmo jogo de sempre. Com essas regras novas, os players do mercado vão precisar jogar o jogo com as regras do Google e serem criativos para criar o seu próprio mercado paralelo onde as regras vão ser mais orgânicas e menos arbitradas por apenas um player. E isso já aconteceu mais de uma vez.

FONTES

https://developer.android.com/design-for-safety/privacy-sandbox
https://privacysandbox.com
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Tecnologia

Por que só usar geolocalização nas campanhas pode ser um erro.

Geolocalização x Geobehavior

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O que é geolocalização e por que ela já não é suficiente.

Geolocalização mostra onde alguém esteve e só isso.
Ela capta um ponto isolado no tempo, sem dizer o motivo, a frequência ou o comportamento por trás de uma visita à um determinado local.

Para campanhas de mídia, isso pode significar gastar verba em impressões para pessoas que não têm real interesse ou conexão com o local, e por consequência com o seu produto.
E no mundo de hoje, atenção e verba não podem ser desperdiçadas.

GeoBehavior: rotina, frequência, contexto e intenção

GeoBehavior é a evolução da segmentação por localização utilizando dados agregados e anônimos para entender:

  • Rotina: por onde as pessoas passam com frequência
  • Frequência: se aquele local faz parte do dia a dia
  • Contexto: o que mais compõe a rotina daquela pessoa
  • Intenção: se o comportamento indica afinidade com o produto ou serviço

Essa leitura permite formar públicos reais, que têm mais chance de engajar com a campanha porque ela faz sentido na vida deles.

Diferença prática: quem está no shopping VS quem frequenta 3x por semana

Vamos simplificar:

  • Alguém que foi ao shopping uma vez pode estar indo ao cinema, ao médico ou até só pegando carona.
  • Alguém que vai três vezes por semana, sempre no mesmo horário, com paradas em lojas específicas…


…provavelmente tem um hábito de consumo ali.

É essa diferença que muda tudo: comportamento recorrente sinaliza intenção.
E intenção é o que torna a campanha mais relevante e eficiente.

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Tecnologia

As novidades apresentadas no Google I/O 2024

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O Google I/O 2024, conferência anual do Google para desenvolvedores, foi um evento repleto de anúncios emocionantes e inovações tecnológicas. De melhorias em inteligência artificial e Android a atualizações em produtos como Workspace e Search, a conferência ofereceu algo para todos os desenvolvedores e entusiastas da tecnologia.

IA no centro do palco:

Um dos destaques do evento foi a ênfase em inteligência artificial (IA). O Google apresentou diversas novidades em seu modelo de linguagem Gemini, incluindo o Gemini 1.5 Pro e o Gemini 1.5 Flash, além de dois novos modelos Gemma. Essas atualizações trazem melhorias no desempenho, na precisão e na eficiência da IA, tornando-a mais acessível e poderosa para desenvolvedores.

Com destaque para a interoperabilidade entre os serviços dentro de seu Workspace (como Gmail, Drive, Busca, etc), a apresentação estabeleceu alguns pilares importantes para o Gemini:

Multimodalidade: Seja por texto, voz, imagem, vídeo, arquivo PDF, entre outros, o Gemini interpreta a informação que você passa para ele e dá o retorno de acordo com a forma mais adequada dentro dos produtos do Google, seja um resultado personalizado da busca ou mesmo uma apresentação completa.

Janela de Contexto Longo: Considerando o contexto no qual você ativa o Gemini, seja durante uma chamada, um vídeo ou um resultado de uma busca, isso é considerado na hora da resposta e persistido durante um tempo longo a fim de personalizar cada vez mais as respostas que a IA dá ao usuário.

Raciocínio em Múltiplos Passos: A apresentação encoraja o usuário a interagir com o Gemini com sentenças mais complexas, por exemplo, ao invés de perguntar por “aulas de yoga”, o assistente pode procurar por aulas de yoga, próximas a você que se encaixe nos horários da sua agenda.

Sobre esses pilares, alguns produtos e serviços novos foram apresentados:

Project Astra: Assistente visual que interpreta o que você mostra para ele através da câmera, interpretando as informações do ambiente que é mostrado e respondendo ao usuário.

Ask Photos: Ferramenta que interpreta as fotos dentro do Google Photos, entendendo quais são as pessoas e os eventos que estão ocorrendo, podendo responder perguntas e até formar uma linha do tempo com fotos, por exemplo.

Music AI Sandbox: Serviço para criação e edição de músicas a partir de prompts.

Veo: Serviço para criação de vídeos a partir de prompts.

AI Teammate: Um assistente personalizado, que participa dos seus grupos de trabalho, entendendo o contexto e monitorando as informações para agir de acordo com as requisições, como por exemplo, “me avise quando determinada tarefa for finalizada”.

Live: Ferramenta para adequar o comportamento e a linguagem do assistente ao usuário.

Gems: Ferramenta para criação de assistentes personalizados que podem agir de determinadas formas, inclusive com personalidades determinadas.

Android 15: Mais seguro e inteligente:

O Android 15 também recebeu grande atenção no I/O 2024. A nova versão do sistema operacional traz recursos de segurança aprimorados, como proteção contra roubo e recursos de privacidade aprimorados. Além disso, o Android 15 oferece uma experiência mais inteligente com recursos como tradução de idiomas em tempo real e um assistente virtual mais intuitivo.

Outras novidades:

O Google I/O 2024 também apresentou novidades em diversos outros produtos e serviços, como:

  • Workspace: Novas ferramentas de colaboração e produtividade para empresas.
  • Search: Recursos aprimorados de pesquisa, incluindo a capacidade de resolver problemas matemáticos com base em texto.
  • DeepMind: Novas pesquisas em inteligência artificial geral (AGI) e aprendizado por reforço.
  • Responsabilidade com a IA: Compromisso do Google com o desenvolvimento e uso responsável da inteligência artificial.
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Tecnologia

Atualização pública do Android 14

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Após a liberação de vários betas para desenvolvedores, finalmente foi lançada a versão final do Android 14. Os novos recursos incluem além de melhorias de comportamento do sistema relacionadas à privacidade e desempenho, tendo como destaque:

Maior clareza na informação do uso pelo app de informações do usuário: Ao conceder permissões ao aplicativo, o sistema disponibiliza uma tela com as informações de Política de Privacidade fornecidas ao Google Play pelo desenvolvedor para serem exibidas na loja na página correspondente ao aplicativo. Sempre que essa política for alterada, o usuário será avisado.

Implementação do Bard no Google Assistant: Agora o Google Assistant se comunica de forma mais natural com o usuário graças à AI generativa Bard na execução de tarefas já executadas anteriormente como leitura de emails ou instruções de direção do Google Maps.

Implementação de AI generativa para criação de conteúdo personalizado como wallpapers: Inicialmente disponibilizado para aparelhos Pixel, o usuário poderá gerar através de descrições em texto conteúdos produzidos pelo Bard. O primeiro recurso disponibilizado é a geração de wallpapers.

Melhoria no compartilhamento de dados de saúde com o Health Connect: Em substituição ao Google Fit, as permissões de compartilhamento de dados de saúde entre aplicativos estarão centralizadas diretamente nos ajustes do aparelho.

Novo perfil alternativo focado em trabalho: De forma parecida como hoje funcionam os perfis para múltiplos usuários no mesmo aparelho, agora os usuários poderão separar aplicativos usados para fins pessoais e aplicativos usados para fins profissionais em perfis completamente separados.

Melhorias na acessibilidade: Ajustes finos de fontes e tamanhos de texto escaláveis no sistema e nos aplicativos e também ajustes de usabilidade para deficientes auditivos.

Maior controle e restrição do que é executado em segundo plano: Restrição na permissão de disparar alarmes – apenas aplicativos que tenham funcionalidade de alarmes e semelhantes poderão utilizar essa permissão. Restrição de chamadas feitas em broadcast – chamadas feitas em segundo plano de aplicativos que não estejam executando no momento serão entregues ao aplicativo somente quando ele estiver ativo novamente ao invés de serem entregues imediatamente. Aplicativos que executarem tarefas em segundo plano e atingirem o tempo limite de execução serão colocados no standby bucket.

Maior controle e restrição de como aplicativos se comunicam entre si: Aplicativos somente podem parar a execução de processos próprios, não mais processos de outros apps. Aplicativos precisam especificar de forma mais explícita e restritiva quais recursos externos são disponibilizados para ser utilizados para outros aplicativos poderem chamar.

Restrição do uso de alertas com tela cheia: A chamada para exibir alertas em tela cheia na tela bloqueada geralmente utilizada para aplicativos de chamada ou alarmes agora é restrita por uma permissão nova e será avaliada pela Play Store quando o app for publicado.

Aumento do target API mínimo para instalação: A partir do Android 14, aplicativos que tenham o suporte mínimo de versão inferior ao Android 6 (Marshmallow) não poderão ser instalados.

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